Nos últimos anos, uma pergunta tem se tornado frequente em muitas empresas ao redor do mundo: o que é o modelo de trabalho híbrido? Esse questionamento não é à toa, afinal, esse formato de rotina tomou conta do mundo do trabalho nos últimos anos. Atualmente, ele continua sendo uma tendência adotada por organizações de todos os tamanhos.
O crescimento desse modelo deve-se aos benefícios que ele proporciona, como a flexibilidade de horários e a possibilidade de trabalhar de diferentes locais. Grandes empresas, como a Apple e a Microsoft, passaram a implementar o modelo híbrido.
Para entender com mais detalhes o que é o modelo de trabalho híbrido, nós, da getdesk, preparamos este conteúdo. Continue conosco para saber mais sobre o tema e boa leitura.
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O que é modelo de trabalho híbrido?
O modelo híbrido de trabalho é o formato combina dias de atuação presencial com dias de trabalho remoto, unindo as vantagens do modelo presencial e do teletrabalho, como a interação com colegas de trabalho e a flexibilidade do home office.
O trabalho híbrido é um dos modelos de trabalho inclusos no termo anywhere office. Nessa abordagem, os profissionais têm a liberdade para realizar as suas demandas de qualquer lugar, e não apenas em casa. Assim, eles podem trabalhar de outros ambientes, como cafés, restaurantes, espaços de coworking, ou até mesmo de outros países, estados e cidades.
O propósito do modelo híbrido é que os colaboradores tenham maior flexibilidade para ajustar as suas rotinas. Dessa forma, eles podem realizar seus trabalhos à distância, em determinados dias, mas não ficam totalmente remotos e conseguem estabelecer maior conexão com seus colegas de trabalho.
Também, esse formato favorece o estabelecimento do networking entre os colaboradores, bem como viabiliza que os funcionários tenham contato com outras pessoas — ao atuarem em coworkigs — e vivenciem experiências de desenvolvimento profissional e pessoal, participando de eventos e formações, e, até mesmo, intercâmbios em outros países, sem renunciarem ao seu trabalho.
Essas experiências auxiliam no crescimento da organização, à medida que os colaboradores aprenderem a resolver problemas e conhecem outras realidades.
Quando surgiu o modelo híbrido de trabalho?
O híbrido é um modelo muito mais antigo do que você pode imaginar.
A primeira vez que uma empresa teve uma experiência desse tipo foi durante a década de 1960, na Alemanha. Essa empresa, na realidade, implementou horários mais flexíveis. Com isso, conseguiu resolver a questão da escassez de mão de obra, e, reduzir problemas como faltas e atrasos.
Porém, ainda que não seja uma inovação recente, o trabalho híbrido se tornou popular no contexto da pandemia de COVID-19. Afinal, as empresas, cujos serviços não eram considerados essenciais, não podiam atuar presencialmente, colocando a adoção do teletrabalho como solução. A partir da vacinação contra a doença, seguida da flexibilização das medidas de afastamento social, muitas organizações passaram a combinar o presencial com o remoto.
Mesmo após passada a pandemia, muitas empresas seguem investindo do modelo híbrido, pois o consideram vantajoso tanto para o crescimento, como para promover a retenção de talentos. Assim, grandes companhias adotam o modelo híbrido, como:
- Google;
- Microsoft;
- Apple;
- Bradesco;
- Itaú;
- Natura;
- Petrobrás;
- Nubank.
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Qual o cenário atual do trabalho híbrido?
Mesmo após o retorno completo a atividades presenciais, o modelo híbrido continua se configurando como uma tendência no mercado de trabalho. Enquanto algumas empresas optam por implementar o presencial total, outras organizações seguem investindo no híbrido.
O recente relatório realizado pela consultoria JLL, com empresas da América Latina, aponta dados relevantes sobre o cenário atual desse modelo. Segundo esses dados, cerca de 72% das organizações avaliadas, adotam o modelo híbrido. E, atualmente, apenas 1 a cada cinco pessoas vão ao escritório todos os dias da semana.
Esse levantamento apontou também que, o modelo presencial apresentou um declínio considerável, em comparação aos anos anteriores a pandemia. Até 2020, cerca de 66% das empresas adotavam o presencial. Hoje, esse número caiu para 19%.
A pesquisa da JLL demonstra, ainda, que, no cenário brasileiro, cerca de 45% das organizações optam pelo híbrido com 2 dias de trabalho presencial, e 3 dias remotos.
Além disso, a IWG também lançou uma pesquisa recente sobre a realidade atual do modelo híbrido. Neste relatório, cerca de 75% dos CEO’s entrevistados apontaram que pretendem seguir ou adotar o modelo híbridos em suas companhias nos próximos anos. Isso se deve aos efeitos positivos observados pela implementação do híbrido.
A partir desses dados, podemos comprovar que o modelo híbrido de trabalho ainda vale a pena e seguirá relevante pelos próximos anos.
O que diz a lei brasileira sobre o modelo híbrido?
O entendimento a respeito do que é o modelo híbrido de trabalho passa também pela compreensão sobre o que diz a legislação trabalhista vigente no país. Afinal, ao implementar esse formato, a organização precisa estabelecer critérios de trabalho conforme as leis trabalhistas.
Nesse sentido, entender o que diz a lei sobre o trabalho híbrido é fundamental para assegurar a eficácia do modelo de trabalho.
No Brasil, a norma responsável por regulamentar formatos de trabalho flexíveis é a Lei n.º 14.442. Essa normativa se originou a partir da Medida Provisória 1.108, a qual, por sua vez, surgiu no período da pandemia pela necessidade de regulamentação do teletrabalho.
Com a sanção da 14.442, o teletrabalho perdeu a obrigatoriedade de ser recorrente. Ou seja, desse modo, aqueles trabalhadores atuando em teletrabalho não tem a obrigação legal de apenas atuarem remotamente de suas residências.
Conforme o parágrafo 1º do artigo 75-B do texto em vigência, temos que:
“§ 1° O comparecimento, ainda que de modo habitual, às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho ou trabalho remoto.”
Além do conhecimento legal sobre o trabalho híbrido, outro aspecto jurídico sobre a adoção deste modelo está relacionado aos contratos de trabalho. Isso porque, ao adotar o híbrido, as empresas precisam revisar os contratos trabalhistas e incluir no documento o aditivo de contrato de trabalho híbrido. Essa adição explicita as condições do trabalho híbrido, bem como, as obrigações tanto dos colaboradores quanto dos empregadores.
Por que implementar o modelo híbrido?
A implementação do modelo de trabalho híbrido traz muitas vantagens para as empresas que o adotaram.
Um dos principais pontos observados por organizações que implementaram esse formato foi o aumento da produtividade dos colaboradores, já que eles próprios se responsabilizam pelo gerenciamento da realização de suas demandas nos horários de pico de produtividade. Assim, eles conseguem organizar suas rotinas de modo mais eficiente e entregar suas tarefas com maior qualidade e em menor tempo.
Outra grande vantagem do híbrido é a promoção de networking. Como nesse formato, alguns dias de presencial são previstos, os colaboradores conseguem ter uma maior interação entre si. Desse modo, surgem oportunidades de desenvolver a troca de informações, bem como, o surgimento de novas ideias e projetos.
Além da produtividade, o híbrido favorece a redução de custos com a manutenção do escritório, porque não há necessidade de comportar todos os colaboradores todos os dias, de uma única vez. Já que, ocorre uma rotatividade entre os frequentadores. Assim, a companhia pode dispor de um escritório reduzido.
Por fim, mas não menos relevante, o híbrido favorece a retenção de talentos e a diversidade. Pois, quando o híbrido parte de uma abordagem remote first, isso abre precedentes para a empresa poder contratar pessoas de outros lugares e, dessa forma, contar com uma equipe mais diversa.
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