O Turnover, também conhecido como índice de rotatividade, mensura a saída de funcionários de uma empresa. Altas taxas mostram problemas internos e é importante entender as causas para definir estratégias de resolução.
Você já ouviu falar de turnover? Esse termo é muito importante na gestão de uma empresa, principalmente na área de Recursos Humanos. Traduzido para o português como “rotação”, esse termo se refere a rotatividade de funcionários em um negócio. Ou seja, a quantidade de colaboradores que deixaram a empresa e necessitam de uma substituição.
Existem diversos motivos possíveis para essa saída, o que resulta em vários tipos de turnover. Além disso, existe uma maneira de fazer o cálculo do índice de rotatividade, que ajuda a entender o clima organizacional da corporação.
Segundo uma pesquisa da EY, 50% dos trabalhadores no Brasil dizem que podem deixar seu empregador no próximo ano, o que mostra um grande aumento de demissões
Altas taxas podem ser muito prejudiciais à empresa, e por isso, é preciso não apenas saber calcular o índice de turnover, mas também interpretá-lo. Para saber tudo sobre rotatividade, tipos de turnover e como diminuir esse índice, fique com esse guia completo que a getdesk preparou para você.
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O que significa Turnover?
O termo Turnover se refere ao movimento de rotatividade de funcionários em uma empresa. Assim, essa taxa demonstra a saída de colaboradores, que pode ocorrer devido a uma série de razões.
Essa análise é feita a partir de um determinado período e leva em conta o número de funcionários da empresa.
O turnover é um dos indicadores mais importantes para avaliar o desempenho da gestão de pessoas de uma empresa
É natural que todas as corporações tenham índices de rotatividade, entretanto, quando esse número é alto, é preciso atenção. Quando há grande saída de funcionários, é muito provável que existam problemas como: má gestão, salários baixos, sobrecarga de trabalho, infraestrutura ruim e vários outros.
Dessa forma, através do estudo dos níveis de rotatividade, define-se novas políticas e medidas para manter os índices saudáveis.
Assim, a empresa retém talentos, se mantém competitiva, evita custos de contratação, garante mais produtividade e lucro.
Quais são os tipos de turnover?
A saída de funcionários de uma empresa pode se dar por uma série de motivos que implicam em impactos diferentes. Para, de forma efetiva, melhorar os índices de turnover é preciso conhecer seus tipos e as distinções que os pautam.
Assim, é possível visualizar os motivos da rotatividade e quais fatores podem ser revertidos pela empresa. Por isso, vamos conhecer os tipos de turnover e suas características:
Turnover involuntário
O turnover involuntário ocorre quando a empresa opta pela saída do colaborador. Muitas razões podem levar à demissão de um funcionário, como por exemplo:
- Quebra de contrato;
- Questões do desempenho do funcionário;
- Motivos de justa causa;
- Problemas financeiros na corporação;
- Conflitos com outros funcionários.
Para tomar a decisão de desligar um funcionário, é preciso considerar os custos que a empresa deverá arcar. Além dos gastos com a rescisão em casos sem justa causa, a substituição desse empregado exigirá investimento em recrutamento e seleção.
Altas taxas de turnover involuntário podem sinalizar que a empresa está realizando contratações equivocadas, o que mostra a necessidade de rever processos nessa área.
Turnover voluntário
O turnover voluntário, pelo contrário, acontece quando o colaborador decide se desligar por vontade própria. É mais comum que ocorra com profissionais especializados e em cargos superiores.
Para entender as circunstâncias desse tipo de demissão, é importante a execução de entrevistas demissionais, já que esclarecem as razões para saída e garantem uma avaliação da empresa.
O turnover voluntário mostra questões que a empresa precisa trabalhar. Entre as razões para esse tipo de rotatividade, estão:
- Propostas de concorrentes mais vantajosas;
- Excesso de trabalho;
- Conflitos interpessoais no ambiente de trabalho;
- Falta de perspectiva de crescimento;
- Pouca flexibilidade na jornada de trabalho.
Assim, altos índices de turnover voluntário mostram dificuldade da empresa em reter talentos e prováveis problemas internos.
Turnover funcional e disfuncional
Ainda tratando do turnover voluntário, existem alguns tipos que mostram impactos diferentes para a corporação. Dentre eles está o turnover funcional e disfuncional.
O primeiro ocorre quando um trabalhador com desempenho considerado baixo solicita sua saída da empresa. Assim, com o turnover funcional a empresa evita custos com rescisão e pode realizar a contratação de um profissional que corresponda melhor às suas expectativas.
Enquanto isso, o turnover disfuncional apresenta desvantagens – ele acontece de formas diferentes, como quando um funcionário qualificado e de performance satisfatória se desliga da empresa. Sem conseguir reter talentos, a empresa ainda pode perdê-los para concorrentes que se fortalecem com o capital humano.
Turnover evitável e inevitável
O turnover disfuncional apresenta uma detalhe próprio: ele pode ser evitável ou inevitável. É importante qualificar e entender os desligamentos para saber se há algo que possa ser mudado para evitar essa perda.
Baixa remuneração e ambiente de trabalho conflituoso são exemplos de razões plausíveis para um turnover evitável. Mas, em casos como aposentadorias e mudanças do funcionário para outras localidades são exemplos de situações inevitáveis.
Como fazer o cálculo de turnover?
Saber os níveis de turnover de uma empresa é fundamental para assegurar bons níveis de produtividade e gestão. Com essa métrica, é possível estabelecer novas ações e políticas que beneficiarão os funcionários e ao negócio.
O cálculo do índice de rotatividade, apesar de importante, é algo simples de ser realizado. A fórmula simples para saber essa taxa é:
Para exemplificar, vamos tomar uma situação em que, em um ano, uma empresa de 100 funcionários contratou 18 pessoas e teve desligamento de 6.
Assim:
Dessa forma, a taxa de turnover seria de 12%.
Esse valor deve receber atenção da empresa, já que, na maioria das vezes, o turnover aceitável é menor do que 10% ao ano.
Mas, em contrapartida, turnover muito baixo pode atrapalhar a inovação dentro da empresa. Por isso, é preciso analisar o turnover a partir de cada negócio e suas características e objetivos, evitando definir um número como negativo ou positivo logo de cara.
Além disso, esse cálculo deve ser associado a outras métricas (KPI) para uma análise mais complexa e frutífera.
Causas da alta taxa de turnover
Existe uma série de razões para a saída de um trabalhador, mas a empresa deve focar naqueles em que pode solucionar. Assim, tendo uma análise dessas causas, é possível criar planos de ação que resultarão em melhorias para todos os colaboradores e diminuirão os índices de turnover.
Para descobrir os motivos que mais impactam a empresa, o diálogo após a demissão é fundamental, além de manter pesquisas de satisfação frequentes entre os funcionários.
Falta de salários competitivos
A busca por salários e benefícios melhores é uma das principais razões para a saída de trabalhadores. Trabalhar por uma remuneração insuficiente e sem perspectiva de melhora, além de desmotivar, faz com que o empregado busque por condições mais favoráveis.
Esse fator é ainda mais grave e recorrente em relação a talentos. Por isso, manter salários e benefícios compatíveis com o mercado são essenciais para manter os melhores profissionais.
Sobrecarga
Excesso de trabalho leva a desgastes físicos e emocionais que afetam o colaborador de modo negativo – que não conseguirá manter essa rotina por muito tempo.
Com cargas horárias elevadas e quantidades excessivas de tarefas, o desempenho do profissional é afetado diretamente. Mas, além disso, essa situação leva o trabalhador a buscar condições de trabalho melhores em outras empresas.
Uma divisão de trabalho que condiz com a capacidade de cada um e organização da distribuição de atividades são passos importantes. Líderes que escutam suas equipes e problemas conseguem identificar e trabalhar nessa questão, evitando o turnover.
Conflitos e ambiente de trabalho disfuncional
Conviver com outras pessoas nem sempre é fácil. Essa dificuldade pode se exceder no ambiente de trabalho, onde podem ocorrer conflitos, tratamentos diferenciados, discordâncias e diversos problemas interpessoais.
Geralmente causados por má comunicação, conflitos entre os colaboradores é um dos motivos que podem levar a demissões.
Esse problema se torna maior quando em relação a liderança, já que torna mais difícil a resolução.
Inadequação com o cargo
Em casos de falhas no processo de recrutamento e seleção, trabalhadores sem o perfil ou qualificação para estar em seus cargos logo ficarão insatisfeitos.
Uma descrição de vagas imprecisas e entrevistas inadequadas podem levar a contratações equivocadas. Esses funcionários, sem a personalidade e habilidade necessárias para o cargo, terão complicações na execução do seu trabalho.
Incompatibilidade cultural
Do mesmo modo que as pessoas, as empresas têm seus valores, ideais, crenças, hábitos e costumes. Esse conjunto de características define a cultura empresarial da companhia.
Ao realizar processos de contratação é essencial que as pessoas escolhidas compartilhem dessa cultura.
Nesse sentido, o famoso “fit cultural” representa um fator muito importante para realizar contratações assertivas. Pois, indica a compatibilidade dos colaboradores com os valores e a cultura da empresa.
Quando o processo de recrutamento não deixa claro qual a cultura da organização, colaboradores que não se adequam ao ambiente são contratados. Isso é prejudicial tanto para o funcionário, o qual terá que se esforçar para se adequar a um ambiente desconfortável, quanto para empresa, que possivelmente terá que enfrentar questões como baixa produtividade.
Além disso, essa incompatibilidade pode levar ao aumento do índice de rotatividade, trazendo prejuízos para a empresa.
Falta de flexibilidade
Em 2022, a flexibilidade é prioridade entre os profissionais. Uma pesquisa realizada pelo LinkedIn mostrou que 87% dos trabalhadores não querem trabalhar 100% no presencial.
Após a pandemia, o modelo de trabalho híbrido tornou-se uma tendência entre empresas e funcionários, que não vão abrir mão de maior autonomia e bem-estar.
Por isso, segundo pesquisas da Microsoft, 73% dos trabalhadores exigem opções de flexibilidade para se manterem em suas empresas. Mas isso não significa um prejuízo para as empresas, já que o modelo híbrido ainda mantém a produtividade e permite redução de gastos com o espaço de trabalho.
Ausência de feedbacks
Bons profissionais estão em constante busca por desenvolvimento a fim de alcançarem novos patamares em suas carreiras. Uma importante ferramenta para que eles saibam seus pontos fortes e pontos de melhoria é a realização de feedbacks.
Os feedbacks servem como um retorno dos gestores aos seus liderados. Quando as lideranças não estabelecem um processo de retorno recorrente, e, mesmo assim fazem cobranças, os talentos ficam desanimados. Afinal, quando um problema não é comunicado, ele não existe.
Dessa forma, quando não há retornos sobre a atuação dos colaboradores e a empresa não demonstra preocupação com a evolução profissional, a tendência é que o índice de rotatividade aumente.
Consequências de altos índices de rotatividade
Depois de entender alguns dos motivos que podem elevar os índices de turnover de forma negativa, vamos observar as consequências dessas taxas elevadas na empresa.
A rotatividade alta é um sinal de problemas internos que não afetaram apenas aqueles trabalhadores que se desligaram: os funcionários na empresa também vivenciam essas dificuldades.
Dessa maneira, altos níveis de turnover mostram impacto negativo em produtividade e assim, no crescimento dos negócios. Com o bem-estar dos funcionários prejudicado, é natural o baixo desempenho.
Além disso, a saída de profissionais resulta na necessidade de refazer processos de recrutamento e seleção que geram custos e exigem tempo. Enquanto isso, os desfalques levam ao excesso de trabalho para outros membros da equipe.
A demissão de colegas abala o clima organizacional dos outros colaboradores, o que pode levar outros funcionários a questionarem sua satisfação com a empresa.
Ainda, a perda de capital intelectual para concorrentes os fortalece e leva sua empresa a maiores dificuldades de se estabelecer no mercado.
Como reduzir as taxas de turnover?
Agora que foi possível entender a importância de controlar os índices de rotatividade, vamos mostrar algumas práticas para reduzir as taxas de turnover e mantê-las em níveis saudáveis.
1. Faça contratações corretas
Como visto, a inadequação de um funcionário com as competências de sua vaga ou com a cultura da empresa é um dos principais motivos para desligamentos. Isso pode ser evitado com uma melhora do processo de recrutamento e seleção da empresa.
Assim, conhecendo os candidatos e fazendo boas avaliações, as chances de erros são reduzidas e, assim, as taxas de turnover. Além disso, a fase de treinamento também é um fator importante, já que garante aptidão e conhecimento dos processos que o funcionário irá exercer.
2. Invista em salários competitivos e benefícios
Oferecer salários abaixo do mercado é assumir o risco de ter funcionários levados pela concorrência. Por isso, é preciso entender que manter remunerações competitivas é um investimento para manter bons profissionais, garantir produtividade e evitar gastos com novas contratações.
Por isso, parte da estratégia para diminuir o turnover é estudar o mercado de trabalho e observar concorrentes.
Além disso, boas políticas de benefícios mostram a preocupação da empresa com o bem-estar e satisfação de seus funcionários. Existem diversos tipos, além daqueles obrigatórios por lei, que podem ser fornecidos. Por exemplo:
- Plano de saúde e odontológico;
- Vale-refeição;
- Programas de ajuda psicológica;
- Auxílio-creche;
- Auxílio para o trabalho remoto.
3. Mantenha o ambiente de trabalho saudável
Não basta ter bons benefícios e salários compatíveis com o mercado, já que nenhum funcionário gosta de trabalhar em um ambiente disfuncional e estressante por muito tempo.
Comunicação e interação são essenciais para manter bons ambientes de trabalho. Promover descontração, eventos e feedbacks são alguns exemplos de práticas positivas.
4. Implemente o modelo de trabalho híbrido
Flexibilidade é uma prioridade para grande maioria dos trabalhadores. Por isso, o modelo de trabalho híbrido é preferido entre os trabalhadores – com ele, concilia-se os benefícios do home office com a interação do trabalho presencial.
Conforme a pesquisa EY Work Reimagined 2022, 80% dos trabalhadores querem trabalhar em casa pelo menos dois dias por semana. Marcelo Godinho, que é sócio-líder em Gestão de Pessoas na EY, diz:
“A capacidade de reter talentos, atender as aspirações de sua força de trabalho e alavancar produtividade passa por permitir flexibilidade. Nossa pesquisa do trabalho reimaginado mostra que 54% dos colaboradores consideram deixar seus empregos caso não lhes seja possibilitada a flexibilidade no cenário pós-pandemia.”
Dessa forma, manter uma jornada de trabalho híbrida evita o turnover e deixa os funcionários mais satisfeitos, já que conseguem equilibrar melhor sua vida profissional e pessoal.
Além de reter talentos, a empresa tem diversas vantagens com o trabalho híbrido, como, por exemplo, a redução de custos. Menos gastos com recursos básicos, como água, energia, internet e limpeza são conquistados com a adoção do modelo híbrido.
A produtividade dos funcionários, por sua vez, não sofre impactos negativos. Segundo uma pesquisa realizada pela Microsoft, 82% dos trabalhadores mantiveram ou melhoraram seu desempenho com a flexibilização.
Como aderir ao modelo de trabalho híbrido?
Uma estratégia importante para garantir a satisfação dos colaboradores é a flexibilidade do modelo de trabalho híbrido. Assim, é possível reter talentos, melhorar o ambiente de trabalho e reduzir custos.
Para implantar o modelo de trabalho híbrido, um dos principais passos é adaptar o espaço de trabalho. Com estações de trabalho flexíveis o escritório é otimizado e qualquer colaborador pode selecionar sua mesa quando for presencialmente.
Para conquistar os melhores resultados com o trabalho híbrido, desenvolvemos a getdesk, um sistema de Reservas de Espaços de Trabalho e Controle de Ponto para empresas de todos os portes e segmentos.
Nossa plataforma possui integração fácil com ferramentas do Google e Microsoft. Além disso, você pode contar com:
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